"BEM VINDOS !"
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
sábado, 16 de novembro de 2019
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
"TESTEMUNHO DE PAULO COELHO SOBRE IRMÃ DULCE"
"TESTEMUNHO DE PAULO COELHO SOBRE IRMÃ DULCE"
“Eu estava literalmente passando fome há dias, doente, perdido em
Salvador. Tinha fugido de um sanatório psiquiátrico onde fora internado
por meus pais – não porque me queriam fazer mal, mas porque estavam
desesperados para controlar o filho 'rebelde'.
Vaguei sem rumo pelas
ruas da cidade, que me era completamente estranha, sem um centavo no
bolso, até que alguém me disse que havia uma freira que poderia me
ajudar – eu já corria o risco de ser preso por vagabundagem.
Fui a pé
até a casa da freira. Juntei-me às muitas pessoas que estavam ali em
busca de socorro, chegou minha vez, e de repente estava frente a frente
com ela. Perguntou o que eu queria – e a resposta foi simples: 'Não
aguento mais, quero voltar para casa e não tenho como'. Ela não fez mais
perguntas (O que está fazendo aqui? Onde estão seus pais? Etc.). Eu não
comentei que tinha fugido do hospício e que corria o risco de voltar
pra lá. Ela pegou um papel em sua mesa, escreveu 'Vale um bilhete de
ônibus até o Rio', assinou, e pediu que fosse à rodoviária com ele e
mostrasse a qualquer motorista. Achei uma loucura, mas resolvi arriscar.
O primeiro motorista que leu o que estava escrito no papel mandou que
eu embarcasse. Isso era o poder daquela freira: uma autoridade moral que
ninguém ousava desafiar."
É com lágrimas nos olhos que escrevo
essas linhas. Obrigado, Irmã Dulce, por seus dois milagres: matar a fome
de alguém e permitir a volta do filho pródigo.”
(Paulo Coelho)
É esse Paulo Coelho mesmo que você tá pensando aí. O escritor brasileiro mais conhecido no mundo."
Obs: Imagens e informações extraídas do facebook do Movimento dos Focolares:
https://www.facebook.com/groups/241293462598828/?fref=nf
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
"INÊS GOMES DE MELO: SUA HISTÓRIA DE VIDA"
"INÊS GOMES DE MELO: SUA HISTÓRIA DE VIDA"
(Perfil da focolarina Inês de Melo, lido em sua missa de corpo presente)
Inês foi uma das 4 primeiras focolarinas brasileiras.
Em 1929, em Recife, em uma família de sólidos
princípios cristãos e de 7 irmãos: Luciano, Jorge, Fernando, Edgar,
Angela, Cida. Aqui entre nós hoje estão alguns de seus sobrinhos.
Estava noiva, tinha um bom trabalho em um banco, inclusive com um
cargo de responsabilidade. E, não obstante tudo, algo lhe faltava. Em
1958 no Ideal encontrou a luz que iluminou completamente a sua vida, e a
revolucionou, como ela mesma testemunhou:
“Um sacerdote me disse:
‘você está em busca de alguma coisa’, e pediu a algumas moças da Ação
Católica que me envolvessem em suas atividades. Logo me tornei a
presidente da Juventude Independente Católica do Nordeste do Brasil.Um
dia, estava indo a uma igreja para falar a alguns jovens. Estava ali um
focolarino italiano, era Marco Tecilla que contou a história de Chiara e
das primeiras focolarinas. Fiquei profundamente tocada, um fogo começou
a arder em meu coração, um fogo que arde até hoje”.
“Marco, Lia e Fiore
prosseguiram para São Paulo. Dias depois mandaram um telegrama no qual
convidavam, a mim e a outras jovens, para a Mariápolis de
FieradiPrimiero, na Itália. Uma surpresa! Mas como poderíamos fazer
aquela viagem? Enquanto procurávamos os meios para responder ao convite,
na viagem de retorno à Roma, por um defeito mecânico, o avião no qual
eles viajavam aterrissou em Recife – uma mudança de programa guiada pela
Providência Divina, que permitiu que estivéssemos com eles por mais
quatro dias. Esse fato foi um empurrão para procurarmos os meios para a
viagem. Eu já havia entendido claramente que a minha vocação era o
Focolare. O meu enxoval estava pronto, muito bonito, com peças valiosas.
Tive a ideia de vendê-lo, e assim, com o dinheiro arrecadado e a ajuda
de meu irmão, compramos as quatro passagens para ir à Mariápolis”.
As quatro jovens brasileiras ficaram na Mariápolis por dois meses.
Muito especial e profundo foi o relacionamento pessoal que tiveram com
Chiara e a consagração dos povos a Maria, feita durante a Mariápolis.
PIONEIRISMO NO BRASIL
Voltando a Recife Inês retomou o trabalho e, pouco depois, chegaram
Ginetta, Marco e os outros focolarinos e focolarinas, para abrir os
primeiros Focolares no Brasil, justamente em Recife. Inês participou
vivamente da preparação do apartamento, e em seguida entrou ela também
para fazer parte do Focolare.
Embora com a boa vontade de todos,viviam em meio à pobreza. Mesmo
assim, a vida ao redor do Focolare nascia, e Inês escreveu a Chiara, em
1961: “Ver a vida da
comunidade de Recife é uma graça imensa, ver uma comunidade que nasce do
nada e que começa a colocar Deus no Seu lugar… estou feliz por tocar
com as mãos este milagre de Jesus entre nós”.
Depois de um ano Inês foi fazer uma formação no Centro do Movimento em Roma. Ao retornar escreveu a Chiara: “Descobri o seu verdadeiro Focolare, que está espalhado pelo mundo, onde não existem limites ou muros”.
No Brasil prossegue a sua vida como verdadeira pioneira, percorrendo,
com o passar dos anos, quase todo o país. Em 1967, com outras
focolarinas, visita as regiões do sul, em Porto Alegre, dando vida às
primeiras comunidades. Escreve a Chiara: “Eu
queria correr, correr, e tenho a impressão de que é Deus mesmo que
colocou este anseio dentro da minha alma… correr por Ele, por amor aos
irmãos, para que a Sua vida chegue a todos”.
Em 1970 vai para a região do Norte onde permanece por 27 anos.
Trabalha com paixão com um olhar amplo sobre o aspecto social. Colabora
no nascimento da Mariápolis Glória e dá a vida pelo projeto
agrícola-social Magnificat e na abertura dos focolares de Manaus, S.
Luis e Teresina, pontos estratégicos da imensa região. Para ela tudo é
possível, nada parece demais para fazer avançar o Reino de Deus. Com a
sua fé e o seu talento, encontra a Providência das maneiras mais
impensáveis e aventurosas.
Durante as longas viagens de barco, que às vezes duram vários dias,
consegue sempre criar um clima de distensão e alegria, apesar do
cansaço. Este seu modo de agir arrasta a todos, especialmente os jovens
que descobrem um estilo de vida cristã cheio de entusiasmo, criatividade
e coragem. Nascem muitas vocações ao Focolare e à Obra.
Salomão Laredo, escritor paraense escreveu em um artigo: “Coragem de
ser mulher e de ser apóstola da Obra de Maria na Amazônia.”– “Foi na
Amazônia, no silêncio gritante da floresta, que deu a vida pelo
evangelho, defendeu a fé, construiu cidadania, plasmou florestania,
formou consciência crítica, política, religiosa no meio do povo… sem
recursos, acreditando na providência divina e que tudo se resolve com
Jesus em meio. Altiva e simples, Inês acreditava no ser humano, no vir à
ser. Levou ao Pai os anseios que a ela confiei e quero aqui agradecer a
essa mulher de fibra, corajosa e amiga, que enfrentou heroicamente
muitas batalhas, inclusive a última”.
Naturalmente as dificuldades não faltam. Escreve a Chiara, em 1982: “A luz se compreende rapidamente… A encarnação custa… Creio na onipotência de Deus.A nossa vida é um eterno recomeçar.”
Em 1983: “Os
tantos problemas que afligem a humanidade deixam-nos sem saber o que
fazer, e nos sentimos cansados. E então tu chegas, e nos fazes acreditar
em Jesus até mesmo naquilo que parece impossível”.
Em 1997 deixa aquela região, e doa a Chiara a sua experiência: “Deus
proporcionou-me uma forte experiência, fazendo-me reviver Jesus
Abandonado como meu único bem. Dentro de mim encontro paz, alegria,
felicidade”.
Chegando a Recife, encontra uma comunidade madura e comprometida,
rica de atividades. Juntamente com os focolarinos, entra plenamente na
realidade local, com a sabedoria e a coragem que são sua marca pessoal.
Mesmo com sua personalidade forte, sabe reconhecer com humildade
eventuais excessos. Embora muito ativa, é profunda, recolhida, capaz de
uma grande misericórdia.
De sua inspiração parte o convite a Chiara para visitar também o
Recife no quadro da viagem à Argentina e ao Brasil, em 1998. Aqui Chiara
deveria receber o título de cidadã honorária de Recife, o doutorado
honoris causa em economia pela UNICAP, encontrar os habitantes da
Mariápolis Sta. Maria que ela mesma tinha começado em 1965. Mas os
desígnios de Deus não eram esses e por motivo de saúde Chiara não pode
vir; uma dor imensa que Inês assume em primeira pessoa e sabe “perder” e
assim gerar luz para todos nós.
VIVER CADA MOMENTO
Desde aquele período a sua saúde começa a declinar. São quedas
imprevistas, cirurgias. Mas sempre retorna à vida da Obra com toda a
energia. Vivemos com ela um dinamismo humano/divino: Convivência com
humor e profunda comunhão, relacionamentos abertos com pessoas da Obra e
fora dela. Aproximação com a família, irmãos, sobrinhos, dos quais
mesmo estando longe sempre teve um cuidado afetuoso,visitando sempre que
possível.
Vive ainda anos de grande fecundidade, constrói a Obra com amor e
dedicação: Mariápolis Sta. Maria, PóloEdC, MpPU, visitas às comunidades
da Obra. Escreve a Chiara em 2000: “Viverei como disseste aos gen4:
amar um de cada vez, vivendo cada momento fixa em Jesus Abandonado,
nosso único bem. Sei que é o único modo para realizar o desígnio de Deus
sobre a Obra”.
Com a diminuição das forças Inês transfere-se para a Itália, para
cuidar da saúde e ter um ritmo de vida mais repousante. Ali acompanha
espiritualmente as focolarinas que moram com ela. É o momento da
Desolada, de perder a Obra que construiu com tanta dedicação para
abraçar um novo serviço a Deus nos irmãos. Mais uma vez revela-se uma
presença cheia de amor, e em 2005 diz a Chiara: “Cheguei à
intimidade com Deus e na minha vida tudo se tornou expressão do coração.
Encontrei uma grande luz (…) ao renegar a mim mesma encontro a dor que
me une à Desolada e a Jesus Abandonado, o nada que me faz contemplar a
vida da Trindade!”.
m 2009, não podendo vir para a festa dos 50 anos da Obra no Brasil, Inês envia uma mensagem: “Estão
presentes no meu coração todas as pessoas com as quais pude ter Jesus
no meio. O Ideal da unidade uniu-nos para sempre, como irmãos e irmãs.
Tenhamos sempre Jesus no meio, permaneçamos fieis a Jesus Abandonado,
fonte da unidade, e veremos ainda, agora e no futuro, coisas grandes
realizadas por Deus entre nós”.
A Emmaus escreve: “Deus está muito presente na minha vida com um
amor grande e constante, que preenche cada vazio, e por isso
agradeço-lhe imensamente”.
Este foi o estado de alma que a acompanhou também quando a doença se
manifestou em toda a sua dureza, e as capacidades físicas e mentais
diminuíram. Inês vive com grande docilidade, sem lamentar-se, totalmente
confiada a Deus e às pessoas que cuidam dela com amor. Conserva sempre
um leve sorriso e o seu olhar profundo exprime, ainda que sem palavras, o
Sim renovadono “acreditar no Amor”.
Com a sua vida ela testemunhou a Palavra de Vida recebida de Chiara:
“Quem escuta as minhas palavras e as põe em prática…Assemelha-se ao
homem que ao construir uma casa, cavou, aprofundou e lançou o alicerce
sobre a rocha” (Lucas 6, 47-48).
Obs: Imagem e informações extraídas do site:
http://www.focolares.org.br/2019/02/14/ines-gomes-de-mello-sua-historia-de-vida/
terça-feira, 9 de julho de 2019
segunda-feira, 17 de junho de 2019
quarta-feira, 15 de maio de 2019
sábado, 27 de abril de 2019
terça-feira, 26 de março de 2019
"APRENDI A SER AMIGA DE DEUS"
Obs: Imagem extraída do site:
www.msc.com.br
"APRENDI SER AMIGA DE DEUS"
Minha mãe veio do nordeste para tentar a vida em São Paulo, porém, esse esforço não foi bem-sucedido. Ficou grávida de mim, mas criar uma criança em um prostíbulo era inviável e acabou me levando a um abrigo quando eu tinha três anos. Ela iria voltar para me buscar quando melhorasse a sua situação de vida. O 'tio' do abrigo abusou de mim quando eu tinha 9 anos e eu fugi para Cracolândia. Fiquei seis anos nessa vida e fiz muita coisa errada, porque eu precisava sobreviver.
Tinha ódio dos homens, inclusive de Deus que, para mim, era homem e permitiu que abusassem de mim. Achava que esse Deus, que eu imaginava homem, também me machucaria. Eu nunca parei para ouvir o que falavam Dele, nunca conheci a Sua Palavra; então só O temia.
Contraí uma dívida com um traficante e não tinha como pagar. Precisei me envolver com ele e depois voltar para rua novamente. Descobri que estava grávida. Tentei de tudo para abortar essa criança. Arrumava briga com a polícia e colocava a barriga para que eles me machucassem. Contudo, a barriga continuava a crescer e cada vez que eu acordava na rua, ela estava maior. Eu não entendia aquilo. Quando senti as dores, fui para um Hospital de freiras, o Amparo Maternal, em São Paulo. A criança nasceu e a deixei lá. Fugi do Hospital para a rua, mas as pedras de crack que eu usava já não tinham o mesmo sabor daquela que fumei antes da criança. Eu fiquei destruída.
Um dia, eu estava deitada, muito drogada, com a uma coberta em cima de mim, na rua, e vi um sapatinho preto. Era uma freira me oferecendo ajuda. Achei que ela era louca de estar naquele lugar. Falou-me da Fazenda da Esperança. E ficou insistindo. Eu a tratava mal e fiquei relutando durante oito meses, porque não acreditava nesse amor. Ela me falava de Deus e eu não tinha interesse de conhecê-Lo. Ela continuava dizendo que Ele tinha um projeto para minha vida, que Ele me amava. Só que eu estava com tanto desamor que não me interessava conhecer quem Ele era. Eu não entendia como alguns tinham família e eu não, porque eu vivia na rua e outros, não. Se Ele era Deus, se era bom, por que eu sofria tanto? Tinha dificuldade com Ele. Todo mal que eu podia fazer para destruir o ser humano, eu fazia porque não acreditava n'Ele.
Foi quando comecei a me sentir acolhida e amada por essa irmã e nesse estado, aceitei vir para a Fazenda da Esperança. Meu processo de recuperação foi muito complicado, porque eu não me aceitava como a Gabi, como alguém em quem o Pai pensou. Na adoração, eu sempre estava distante, porque não me sentia digna, me sentia um lixo, muito suja para chegar perto de Deus. Eu não me sentia perdoada por Deus. E eu sempre ouvia falar que a recuperação era à base do perdão e eu tinha muita vontade de perdoar a minha mãe. No fundo, todo esse comportamento negativo na Fazenda era para me livrar desse peso. Eu não conseguia perdoar a minha mãe, porque a culpava de tudo o que ocorreu comigo. Eu a julgava, mas acabei sendo igual a ela.
Um dia, quem conduzia a adoração pediu para olhar para a Eucaristia. E eu a encarei. Foi quando senti que Deus me perdoava, me acolhia do jeito que eu estava, pecadora caída. E eu falava para Deus que eu só precisava de uma chance, de um recomeço, de uma nova oportunidade. E pedi para perdoar minha mãe, porque não aguentava mais sofrer. E entendi que eu estava repetindo a história dela. E Deus me devolveu meu filho, porque eu acredito que foi Ele que me deu, depois de mais de um ano de tê-lo abandonado. Tive muita dificuldade de conviver com meu filho, porque ele me trazia o meu passado à tona. Sofri muito, mas a misericórdia de Deus por meio da Fazenda foi grande, amou-me e me ensinou a ser mãe.
Hoje, Deus me deu a graça de ser ministra da Eucaristia, e eu me admiro com sua misericórdia, porque me pergunto como uma mão que fez tanta coisa errada pode ter a chance de dar Jesus para os outros. Eu sei que Deus me quer, porque Ele é um Deus de amor. Eu me lembro sempre de como Ele agiu com Maria Madalena. Se há onze anos consigo estar de pé, estar na sobriedade, cuidar de meu filho e ser responsável por uma Fazenda, é justamente porque tenho esta ligação com Deus. Eu sou amiga de Deus. Aprendi a ser amiga de Deus. Quero viver o oposto do mundo, ser melhor. Sei que Ele vai me ajudar a tirar as carências do meu coração, vai me proteger. E sou fruto da misericórdia de Deus e eu quero ser sempre grata pela sua misericórdia infinita. Sou mãe, cuido do meu filho, ele é feliz, estuda, vive comigo em nossa casinha, na Fazenda. Eu me sinto feliz em fazer com que outras jovens compreendam essa graça de ser mãe, de aceitar a misericórdia e dar a vida por outras pessoas".
Autora: Gabriela Alves da Silva
Obs: Testemunho extraído da Revista Cidade Nova, exemplar 635,ano LXI, nº 3, março de 2019.
SITE DA REVISTA: www.cidadenova.org.br
Obs: Para conhecer mais sobre a Obra Fazenda da Esperança visite o site: http://www.fazenda.org.br/
domingo, 24 de fevereiro de 2019
"TESTEMUNHO SOBRE O PODER LIBERTADOR DO REPOUSO NO ESPÍRITO SANTO"
"TESTEMUNHO SOBRE O PODER LIBERTADOR DO REPOUSO NO ESPÍRITO SANTO"
"21 CHARUTOS..." IRMÃ LINDA KOONTZ CONTA UMA HISTÓRIA ESPECIAL
"Conheci Christa quando ela estava com cerca de 71 anos. Seu tio a trouxera para os Estados Unidos, vinda de Copenhague, Dinamarca, quando tinha vinte e poucos anos. Ele faleceu numa viagem de trem que faziam, deixando-a só. Ela permaneceu no país, mas teve uma vida infeliz. Fez um mau casamento e passou por muito sofrimento e aflição. Devido à sua solidão e falta de amigos, e por não poder voltar a Dinamarca, tornou-se alcoólatra. Christa era uma mulher abandonada, solitária e atormentada.
Uma irmã do meu convento tornou-se amiga de Christa, mais não sabia como lidar com as suas reclamações. Certa noite, cerca de uma hora da manhã, Christa telefonou para a irmã no convento. Ela estava em péssimo estado e precisava de ajuda imediata. A irmã estava tão cansada que pediu-me para ir ao encontro da senhora. Ao chegar, encontrei-a sentada perto da mesa, com um revólver carregado e uma garrafa de vazia de uísque. Ela estava intoxicada e em tal desespero que não queria mais viver. Sua solução para o desespero e a angústia era o suicídio.
Eu não sabia o que fazer; chamei uma enfermeira, companheira do meu grupo de oração. A enfermeira veio, mas também não sabia o que fazer. Levei Christa para o quarto e sentei-a na cama. Percebi que seria inútil tentar conversar com ela e então, em meu coração, perguntei: "Senhor, o que posso fazer?" e veio-me o pensamento: "Ore por ela". Naquela época, eu ainda estava começando a orar pelas pessoas e não sabia como iniciar. Vieram-me as palavras: "Jesus, me ajude". Quando gritei estas palavras, Christa caiu para trás em sua cama, como se tivesse desmaiado. A enfermeira pensou que talvez ela tivesse sofrido um ataque cardíaco. Nesta ocasião, eu conhecia muito pouco sobre o repouso no Espírito Santo e nunca tinha visto acontecer. Mas ela parecia estar dormindo tranquila e relaxada. Decidimos então não incomodá-la. Fiquei lá aquela noite.
Quando acordou na manhã seguinte, Christa estava totalmente sóbria e muito alegre. Ela dizia: "Estou me sentindo tão bem! SEI QUE DEUS ME AMA". Enquanto dormia, Jesus tinha vindo até ela. Orei com ela para que entregasse sua vida a Jesus Cristo; ela foi batizada no Espírito Santo e orou em línguas. Na mesma semana, começamos um estudo bíblico. Sua personalidade estava completamente mudada.
Naquela manhã, após o repouso, ela me disse: "Hoje não estou com vontade de fumar o meu charuto". Ela fumava 21 CHARUTOS por dia. Christa foi libertada do álcool e do fumo. Ela fora dona de uma fábrica de charutos em Copenhague desde a juventude. Por isso se habituara a fumá-los.
Embora tivesse sido uma pessoa hostil e agressiva, Christa tornou-se conhecida por sua MANSIDÃO. Começou a frequentar as reuniões de oração e procurava fazer amizade com todos, sem acepção de pessoas. Dentro de pouco tempo, já estava dando seu testemunho durante as reuniões. Foi batizada, fez primeira comunhão e testemunhava a muitos sobre o amor e o poder de Deus.
Obs: Testemunho extraído do livro: "O REPOUSO NO ESPÍRITO SANTO: UM SURPREENDENTE E POLÊMICO DOM DO ESPÍRITO SANTO", autor: Robert DeGrandis, S.S.J e Linda Schubert, tradução: Eulália Mª de S. Marcones e Marcos José Marcionilo, Edições: Loyola, São Paulo, SP, Brasil, ano: 1992, páginas: 26 e 27.
SITE DA EDITORA: https://www.livrarialoyola.com.br/produto/repouso-no-espirito-o-um-surpreendente-e-polemico-dom-do-espirito-santo-240599
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