"ENTREVISTA COM ZULEIDE DA COSTA REIS - UMA DAS PRIMEIRAS VOLUNTÁRIAS DO MOVIMENTO DOS FOCOLARES EM BRAGANÇA DO PARÁ"
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– Qual seu nome e profissão?
R: Meu nome é Zuleide da
Costa Reis e sou professora aposentada exerci a profissão de professora de 1ª a
5ª série no Grupo Escolar Monsenhor Mâncio Ribeiro, no qual trabalhei por 30
anos. Sou também uma das primeiras voluntárias do Movimento dos Focolares em
Bragança do Pará.
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– Poderia contar algumas lembranças de sua infância?
R: Lembro-me que eu perdi
minha mãe ainda criança, era a terceira filha de uma família de 04 filhos, 03
meninas e 01 menino. Sempre fui muito doente, dos 08 para os 09 anos se
manifestou a epilepsia, por isto meu pai não queria que eu estudasse, mas
devido a minha insistência acabou deixando, mesmo sofrendo as consequências,
pois várias vezes as professoras tinham que mandar avisar destas crises. Por
isto acredito ser um milagre eu ter conseguido concluir o colegial e depois o
magistério, me formando como professora em 1948.
Outra lembrança da minha
infância que posso contar é mesmo com estas dificuldades com a saúde era
engajada na igreja católica no grupo da cruzadinha para crianças da Ação
Católica na época do Padre Machado e tive belas experiências nesta fase da vida.
Casei, mais não tive filhos depois de 14 anos de matrimônio meu marido teve um
acidente e faleceu. Eu tinha 48 anos quando fiquei viúva, porém quando ainda
era casada adotei duas crianças que hoje me renderam cinco netos e um bisneto.
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– Quando você conheceu o Movimento dos Focolares?
R: Conheci o Movimento dos
Focolares em 1967, através de uma focolarina chamada Lilu, que veio para
Bragança com objetivo de fazer algumas reuniões e assim falar do carisma do
Movimento dos Focolares. Estas reuniões foram direcionadas para algumas pessoas
engajadas na igreja católica e eu fui convidada, gostei muito, tanto que no ano
seguinte 1968 fui para a 1ª Mariápolis, que foi realizada no Pará no Instituto
Agronômico do Norte em Belém.
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– Qual a sua impressão da Mariápolis?
R: Fiquei impressionada e
tocada pelo amor com que fomos recebidos e pela experiência de paraíso que
reinava naquele lugar.
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– Fale como foi sua experiência com a espiritualidade do Movimento dos
Focolares?
R: Meu contato com a espiritualidade
do Movimento dos Focolares fez desenvolver dentro de mim um compromisso de viver
a palavra de Deus, amar ao irmão e principalmente comecei a acreditar e a
experimentar a grande potência que é Jesus em meio. Depois que busquei viver
esta espiritualidade senti o chamado de Deus para ser voluntária. E como
voluntária, junto com as companheiras de caminhada fizemos muitas experiências
concretas de amar e servir os irmãos, experiências sempre marcadas pela unidade
vivida no núcleo de voluntárias, onde colocávamos em comum nossos problemas,
dificuldades, planos para serem vistos a luz da presença de Jesus em meio e
assim serem iluminados e solucionados.
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– Você conheceu o Movimento dos Focolares em 1967 e este ano (2014) fez 47 anos
dedicados a esta obra, o que gostaria de dizer sobre isto?
R: Eu tenho um profundo
sentimento de gratidão a Deus por ter me chamado para este grande ideal da
unidade e por ter me ajudado a perseverar e ser fiel a este chamado para ser
voluntária do Movimento dos Focolares.
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– Você poderia falar sobre os momentos de dificuldades que vivenciou nestes
anos como membro do Movimento dos Focolares ?
R: Somos seres humanos
pecadores, erramos, caímos e muitas vezes somos infiéis aos nossos propósitos
para com Deus, nestes momentos de dificuldades espirituais que não conseguia
viver a palavra de Deus, amava Jesus abandonado nesta dor e procurava recomeçar
sempre. Também sempre pedia ajuda ao Espírito Santo, para ter sabedoria de
superar as provações e vencer os desafios.
Outra grande referência,
para me ajudar a enfrentar as dificuldades na minha vida espiritual era o
exemplo de vida daqueles membros do Movimento dos Focolares que já partiram os
quais nós do movimento, chamamos de “Mariápolitas Celestes” as histórias de
vidas destas pessoas sempre me incentivaram na caminhada espiritual.
Outra realidade que me
ajudava era consciência que fazer parte de uma espiritualidade da unidade e
isto me dava à certeza de não estar só, mas unida aos outros membros do
movimento no mundo inteiro que também estavam buscando Deus e vivendo a Palavra.
Esta realidade de Jesus em meio sempre me impulsionava a superar meus limites e
dificuldades.
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– Em que ano nasceste e se tem algum sonho que gostaria de realizar ?
R: Eu nasci em 18/04/1928 em
Bragança do Pará e tenho 86 anos. Sobre o sonho que gostaria de realizar,
realizei muitos sonhos como: viajar para Portugal e conhecer muitos outros
lugares, mas atualmente tenho apenas um desejo: preparar-me bem para o encontro
com Deus, com Jesus, com o Espírito Santo e com nossa mãezinha Maria
Santíssima.
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– O que é para você Deus, Jesus e o Espírito Santo ?
R: É a Trindade Santa, e
eles são tudo na minha vida, minha força! Jesus é o meu alimento na Eucaristia, aquele que deu a vida por mim, meu
redentor meu salvador, aquele que me sustenta na minha fraqueza, sem Jesus eu
não sou nada.
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– O que você diria para as novas gerações do Movimento dos Focolares ?
R: Que sejam perseverantes,
que não deixem esta obra se extinguir em nossa cidade de Bragança. Que procurem
aumentar a unidade para que seja sempre uma família, como Chiara Lubich pediu
antes de partir, para sermos uma grande família. Busquem sustentar a obra para
que esta não desapareça em nossa cidade e assim outras pessoas tenham o privilégio
de conhecer esta espiritualidade maravilhosa.
Obs: Entrevista com Zuleide da Costa Reis - uma das primeiras voluntárias do Movimento dos Focolares em Bragança do Pará, concedida em 09.10.2014 para o blog:
testemunhosespirituais.blogspot.com
Edificante a bela história de Zuleide! Quanta fidelidade ao carisma da unidade e consciência do que estava vivendo.
ResponderExcluirTestemunho de fidelidade que. quero imitar dentro dos meus 80 anos de vida ,36 de Vida Ideal e 33 de voluntária.Com a graça de Deus hei de perseverar, trabalhando pela Obra até que chegue o meu dia de partir para o Paraíso.
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